segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A herança do medo

         Na Escola Eliezer Max, o 5º ano vem desenvolvendo atividades sobre o corpo humano, tema estudado durante todo o segundo semestre. Um dos assuntos relacionados foi o "estado de alerta", cujo objetivo principal foi avaliar as respostas individuais aos estímulos provocados por situações de suspense e medo. Além disso, os alunos aprenderam sobre a estrutura anatômica dos neurônios, fisiologia e a importância do sentimento de medo e sua relação com a seleção natural e evolução das espécies.
         O método envolveu a criação de um espaço estimulante com um viés de suspense onde os sentidos eram explorados de forma cautelosa e misteriosa, exceto a visão. Os alunos adentravam na sala previamente preparada onde eram guiados, descalços e vendados, recomendados a usarem tato, audição e olfato. Chão com areia e folhas secas, teias penduradas, música aguda, fumaça, sapos, ratos e aranhas de brinquedo e esqueletos eram algumas coisas que denotavam o clima do local. Em seguida os alunos puderam retirar as vendas para análise visual e discussão, fazendo explicações e analogia à algumas reações biológicas como a produção de suor, calafrios e "frio na barriga"; mecanismos de luta ou fuga e a busca e recompensa por novidades, prazer e adrenalina, como espirito aventureiro.
       O medo e a repulsa estão presentes em nossa sociedade, muitas vezes de forma inata, como experimentado nessa oportunidade, através de interação dos sistemas simpático e parassimpático do sistema nervoso autônomo, com alteração hormonal, pelos arrepiados, suor, taquicardia e aumento da frequência respiratória. Contudo, pudemos concluir que situações, texturas e determinadas experiências sensoriais desconhecidas ou estranhas colaboram com uma impressão negativa, podendo ser compreendida ou associada pela sua familiarização e contato direto o que pode nos ajudar, por exemplo a perder o medo de aranhas, ao entender seu papel ecológico, sua forma de interação com o meio, que mecanismos ela usa para se alimentar, etc.


Por Tabatta da Silva


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Formação continuada 2

Atualização em Microscopia 

Fonte: Wickpédia
A equipe Ecobé esteve reunida em dois dias de capacitação sobre técnicas em microscopia, com o biólogo inglês Roland Mortimer, especialista em Diatomáceas, que são microalgas,  organismos unicelulares que possuem como característica uma carapaça ou parede silicosa chamada frústula, localizada externamente à membrana plasmática, por isso são ficam conservadas numa escala geológica, servindo como registro fóssil. Ocorrem na água doce e nos mares, podendo ser planctônicas ou bentônicas e são sobretudo de uma aparência formidável, constituindo verdadeiros tesouros microscópicos.

Foram apresentadas as técnicas de fluorescência, de contraste de fase, de campo escuro, com recursos simples, todos desenvolvidos pelo pesquisador. O objetivo do encontro era de atualização, ao mesmo tempo em que disponibilizava ao professor recursos mais impactantes visualmente para compartilhar com nossos alunos a vastidão da biosfera em que vivemos , da qual somos igualmente filhos.

microscopia de fluorescência
Constraste de fase

 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

A terra sob nossos pés!


                O grupo 5 da Escola Parque, unidade Gávea, está trabalhando o tema Lixo, buscando entender como ele pode afetar os ecossistemas e a vida na Terra e conhecendo maneiras de diminuir sua produção, como por exemplo, reaproveitando materiais que antes seriam descartados. Na aula desta semana, os alunos puderam constatar que o solo tem capacidade de absorver grande quantidade de água e de retê-la, alimentando o lençol freático. No entanto, o chorume proveniente do lixo que é despejado em aterros sanitários, também acaba sendo absorvido, contaminando o lençol freático com microrganimos e metais pesados. E é este lençol freático contaminado que abastece, juntamente com as chuvas, os rios e lagos, que por sua vez, abastecem nossas residências.

                A aula teve início com a discussão de um evento que tinha acontecido na véspera: forte precipitação no estado de granizo em alguns locais da cidade. A partir daí, falou-se sobre o cheiro de terra molhada que procede até mesmo a precipitação: Por que sentimos o cheiro de terra molhada antes mesmo da chuva cair?  Através de práticas os alunos puderam testar a absorção de água  em diferentes tipos de solo (areia, terra preta e terra vermelha- barro) e constataram que a terra preta e o barro, em função da menor granulometria (tamanho dos grãos) que apresentam tem maior capacidade de retenção de água. Em seguida, também através de experimentos, os alunos puderam compreender como se dá a formação de um rio e também que embaixo da terra existe o lençol freático que abastece este rio.

                Em seguida, os alunos conheceram o “chorume do bem”, vindo da composteira da escola, sentiram seu cheiro, comparando-o com o cheiro do chorume proveniente do lixo, recordando para isso, do cheiro ruim que sentem quando o caminhão de lixo passa na rua. Os alunos preparam o biofertilizante para a horta através da diluição do chorume da composteira e vão entregar para outro grupo da escola que é responsável pela composteira da escola, transformando lixo orgânico em adubo.

                Com essa aula, esperamos ter contribuído para uma possível melhora da qualidade de vida no planeta, estimulando a percepção dos alunos em relação aos efeitos das atitudes humanas, visado à diminuição da produção do lixo no ambiente.   




 Por Carol Clemente,

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Olha para o céu! Tira o seu chapéu!

Ouvir Estrelas

Ora ( direis ) ouvir estrelas!
Certo, perdeste o senso!
E eu vos direi, no entanto
Que, para ouví-las,
muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto

E conversamos toda a noite,
enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila.
E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?
Que sentido tem o que dizem,
quando estão contigo? "

E eu vos direi:
"Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e e de entender estrelas
Olavo Bilac


Para tentar entender as estrelas e a possível realidade por trás do céu que nos cobre, o 3o ano do Colégio Imaculado Coração de Maria esteve no Espaço Ecobé para viver o conhecimento produzido a respeito deste núcleo temático. Aproximar os alunos de fenômenos distantes, oportunizar experiências que nos levam a refletir  sobre a aparência dos objetos celestes, lançando luz sobre fatos e informações astronômicas foram alguns dos nossos objetivos.
Práticas e experimentos foram adaptados a faixa etária sem, no entanto, reduzir ou simplificar ingenuamente as teorias. Os conceitos que orbitam as perguntas chaves que perseguimos durante o encontro foram apresentados e discutidos através destas atividades.

Porque a lua tem fases?
Quando a maré sobe?
Porque o céu é azul?
Porque as estrelas não brilham de dia?
Porque a noite não encontra o dia?
O que é gravidade? Como fugir dela?
Porque o universo é escuro?
É possível viver em outro planeta do sistema solar?
Por que os planetas orbitam o sol?

Conceitos como ÓRBITA, ELÍPTICA, MATÉRIA ESCURA, CAMPO GRAVITACIONAL, ATMOSFERA, CONSTELAÇÕES, PLANETAS GASOSOS, REFLEXÃO, ROTAÇÃO, TRANSLAÇÃO, HEMISFÉRIOS, NEBULOSAS, etc, bailaram em nosso céu!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

DA MINHA ALDEIA
                                                                     

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer

Porque eu sou do tamanho do que vejo
E n
ão do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena

Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,

Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe
de todo o céu,

Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos
nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
                                                                                    Fernando Pessoa



Estamos distanciados da Natureza-Mãe provedora de todas os recursos necessários à manutenção da vida no planeta, inclusive da nossa espécie. Nossos filhotes nascem tendo como referência de fonte e provisão as grandes corporações e empresas que exploram os recursos naturais e produzem bens, estes tão desejados. Logo aprendem a ler suas assinaturas de logos, que se espalham por toda parte da urbe, muito antes de decifrarem as palavras.

Principalmente as crianças urbanas, filhas da cidade grande, estão alijadas da cadeia produtiva, e a origem das coisas ganhou sentido nebuloso ou imediatista, criando realidades surreais e perigosas:  vacas são “quadradinhas” em sua roupa de tetrapack, já que o leite vem da caixinha; frangos não tem cabeça, são despenados e um tanto quanto frios, muito diferentes das galinhas das histórias. Cocó e galinha são coisas bem diferentes. Bifinho não é boi, e o açúcar vem das nuvens ou do mercado. Crescendo sem se dar conta de onde as coisas vêm, crescem sem compreender os processos e os ciclos, sem compreender os fluxos e demandas da vida. Sem ligar o plantar ao colher. Logo se tornarão adultos ambientalmente irresponsáveis. Consumidores sem controle. Precisamos urgentemente fazer o caminho de volta -religarmos os fluxos da nossa vida à Natureza que é mãe.
Em nossas escolas nosso movimento de retornar de reaproximar tem se traduzido em cartilhas de cantigas musicalmente pobres e montanhas de papel verde. Reduzimos a formadora e disciplinadora compreensão dos processos ecológicos por eufóricos gritos de guerra. Torcemos pela Natureza de maneira menos enfática que pelos times de futebol- e é fácil compreender uma vida sem os campeonatos ou olimpíadas, mas sem recursos naturais e saúde ambiental...
Em nossas escolas o movimento de retorno de reintegração tem se constituído de uma cartilha de cantigas de baixa qualidade musical e por montanhas de papel verde. Substituímos a coisa pela representação da coisa, o que segundo Rousseau, nos fará conhecer a reapresentação e ignorar a coisa em si. Nossos jardins são de palavras e as florestas de maquetes intermináveis. Só conhecemos nosso lugar, a geografia do viver sob a perspectiva das realizações humanas, apresentamos as crianças aos mercados, à moeda, aos objetos, as industrias, mas crescemos ignorando  nosso próprio jardim.
 Se quisermos ser maiores do que somos, sendo do tamanho do que vemos, como afirma Fernando Pessoa, precisamos ver para além de nosso umbigo e fazer crescer nossa aldeia para além dos limites das embalagens.
 Esse caminho, que não é novo, tem sido trilhado por muitos, em muitos países, como no Centro para Alfabetização Ecológica em Berkeley dirigido por Fritjof Capra. Todo conhecimento têm sido partilhado nas redes em forma de publicações e vídeos, para impulsionar novas práticas. O tempo urge:
  " Nas próximas décadas, a sobrevivência da humanidade dependerá de nossa alfabetização ecológica", destacou o físico. Para Capra, ser ecologicamente alfabetizado (ecoliterate) significa entender os princípios básicos da ecologia que os ecossistemas  desenvolveram para manter a 'teia da vida'... "No Centro para Alfabetização Ecológica em Berkeley, meus colegas de trabalho e eu desenvolvemos uma pedagogia especial para ensinar nas nossas escolas esses princípios da ecologia e as ferramentas que são necessárias para construir e alimentar comunidades sustentáveis"...
( http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2015/julho/fritjof-capra-sobrevivencia-da-humanidade)

Endereçamento ecológico: Alunos da Parque sendo apresentados a um ambiente vizinho à escola.





quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Rio à vista!

Esteira Cultural Martim Pescador
Um Rio que passou em minha vida”

O evento foi a culminância de um projeto que se realizou desde o primeiro semestre. Cada tema de trabalho escolhido pelas  turmas derivou do tema principal e foi desenvolvido em diferentes áreas do conhecimento. Os alunos do 5ano trabalharam com o tema “A chegada da família Real no Rio de Janeiro” quando  aprenderam conceitos de astronomia e puderam perceber como os povos antigos conseguiam chegar ao seu destino, mesmo sem o uso de grandes tecnologias para navegação. Os alunos fizeram experiências sobre as fases da lua, quando desvendaram seus mistérios e mitos em fenômenos. Com o planisfério celeste puderam localizar a posição dos astros e em um outro momento apreciar a tecnologia de uso e construção de bússolas.
A 4ano fizeram experiências sobre a Floresta da Tijuca onde eles perceberam sua importância para a cidade, como a vegetação que é reguladora do cls turmas doima e captação de água que se formam nos rios dentro da floresta, abastecendo parte da população.
Nosso objetivo foi o de possibilitar a compreensão da dinâmica e dos ciclos de um ecossistema, além de valorizar a Floresta como um bem precioso. Para culminar esta iniciativa produzimos miniaturas deste ambiente em mini-terrários fechados.
Com o tema Café Carioca os alunos do 3ano aprenderam sobre os diferentes tipos de café existentes, os seus malefícios e benefícios. Foram apresentados ao grão de café verde e o grão torrado percebendo sua diferença. Degustamos diferentes grãos torrados e moídos para apurar o nosso paladar para as pequenas diferenças gustativas. Com uma ideia sustentável que oferece benefícios que auxiliam no cuidado com a saúde estimulando uma boa alimentação, além da economia de espaço, os alunos confeccionaram uma horta vertical onde foram plantadas diversos tipos de ervas, onde puderam coletar e fazer a produção de chás. Em um outro momento com os diferentes tipos de açúcar e suas propriedades os alunos acompanharam o beneficiamento do açúcar e verificaram sua energia potencial evidenciada em uma experiência explosiva e luminosa.
Os alunos do 2ano investigaram a cultura do transporte comparando os antigos e os atuais meios usados na cidade. Necessidade básica dos humanos, com o passar do tempo os meios de transporte foram evoluindo em tecnologia e em poder de poluição, a maioria deles causando um grande impacto no meio ambiente. Para tratar ludicamente desta problemática foi realizada uma corrida entre um barco a vapor contra um barco ecológico onde os alunos perceberam que além de poluir menos o barco ecológico ainda é mais rápido, propiciando um debate sobre consumo X eficiência. Os alunos ainda confeccionaram carros ecológicos utilizando material reciclável para estimular uma cultura de sustentabilidade, e com o uso do hovercraft (disco planador) os alunos utilizaram um meio de transporte do futuro que utiliza opções diferentes de combustíveis porém produzem um outro tipo de poluição, a sonora, reforçando a discussão sobre o bom senso das escolhas. 



terça-feira, 6 de outubro de 2015

O preço do combustível






O 4o ano do C.E.I, Centro Educacional Espaço Integrado, está envolvido com a pesquisa sobre as questões envolvendo  os recursos naturais.  Através do questionamento da origem e processos de formação do petróleo com o uso de ilustrações, os alunos problematizaram o consumo do petróleo e seus derivados constatando seu grande impacto de produção e seu enorme tempo de renovação.
Inspirados em uma pesquisa desenvolvida pela NASA, os alunos experimentaram o poder energético presente nas sementes de alguns vegetais como o girassol, usando seu óleo como alimento para o fogo, através de sua combustão.
Em seguida, enfatizando se tratar de uma pesquisa de muita responsabilidade, denotamos os cuidados em laboratório para a manipulação de produtos químicos e vidrarias específicas com atenção nos processos e uso de luva protetora. O objetivo era usar o óleo de girassol como matéria prima para a produção de biodiesel, fazendo uso de reações químicas entre produtos como metanol, soda cáustica e o próprio óleo de girassol tendo medidas e temperaturas devidamente controladas. O resultado final deve descansar por alguns dias para separar o biodiesel da glicerina (outro subproduto) e então testar a eficiência da queima do biodiesel.

Nossa proposta era a de questionar o uso de um produto altamente poluente e de produção bastante impactante para a natureza, incentivando o uso de um produto alternativo, com alta renovabilidade e menor índice de poluição, reforçando a ideia de preocupação com a responsabilidade socioambiental no nosso cenário urbano.

Por André Carpi

O conhecimento por trás do COCÔ !

O 4º ano do Ensino Fundamental I da Escola Eliezer Max vem desenvolvendo atividades sobre o sistema digestório, tema estudado desde o início do 2º trimestre. As aulas foram divididas em: (I) Boca, (II) Faringe e Esôfago, (III) Estômago, (IV) Intestino delgado, (IV) Órgãos acessórios e (V) Intestino grosso e Formação das fezes. Ao longo das aulas os alunos acompanharam um vídeo sobre o sistema digestório, produzido pela Superinteressante. Dentre os assuntos abordados, destaca-se a aula sobre o trajeto do bolo alimentar e a formação das fezes. Os objetivos foram: conhecer a composição das fezes e entender como ocorre essa transformação ao longo da passagem do alimento pelo corpo.
Assim que os alunos entraram no laboratório, foram convidados a participar da leitura de um texto publicado pela Abril (http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-se-forma-o-coco). A escolha do texto foi intencional e o objetivo foi tratar de um modo normal o assunto, que por vezes é considerado nojento. Devido ao vocabulário informal os alunos tiveram bastante facilidade e se sentiram bem confortáveis para dar suas opiniões pessoais. Após a leitura do texto foram respondidas algumas perguntas. O primeiro experimento realizado foi a simulação da passagem do bolo alimentar por todo o trajeto digestório até o reto. Cada grupo de alunos recebeu uma meia calça aberta nas duas extremidades e um pano seco. O objetivo era passar o pano através da meia calça usando apenas movimentos similares aos peristálticos.
A princípio os alunos tiveram uma certa dificuldade, até que surgiu a proposta de umedecer o pano. A água facilitou a compactação do pano e a sua descida pela meia calça, demonstrando a importância da hidratação e do consumo diário de agua para a formação e eliminação das fezes. Neste momento, aproveitou-se para discutir assuntos como constipação e o consumo de fibras. Para o segundo experimento foi discutido o uso de fezes como fertilizantes.
Os alunos foram convidados e montar uma bomba de sementes, baseados na composição das fezes. Receberam uma porção de terra, uma porção de argila (para dar liga) e algumas sementes. Ao final da mistura, cada grupo escolheu um canteiro ou jardim da escola para colocar sua bomba de sementes.
 É muito comum os alunos iniciarem as aulas sobre sistema digestório com um certo pudor. Através do acompanhamento do vídeo os alunos puderam se conhecer internamente e aceitar de forma mais natural a máquina perfeita que é o corpo humano. Ao longo de todo o projeto, com o auxílio dos experimentos, os alunos puderam trabalhar alguns conceitos físicos, como: digestão mecânica, atrito etc.; conceitos químicos, como: acidez e basicidade; e conceitos biológicos mais complexos, como a ação de enzimas. 
Por Tabatta da Silva


Na busca por raízes, dando frutos à imaginação



No dia 21 de maio, o 4° ano do fundamental do Carolinna Russo mergulhou no universo das plantas a fim de ter um resgate da importância ecológica dos vegetais, relacionar a parte da planta às suas funções, valorizando outra forma de vida por meio de suas adaptações e interações com o meio, no caso, um rio.

     Nesta aula, os alunos conheceram as partes das plantas tendo a pesquisa como ferramenta-verdadeiros cientistas! Indo desde raízes até frutos, viajaram pelo mundo das plantas aquáticas e terrestres. Primeiro, tiveram que descobrir em que estrutura a planta aquática está buscando por água, com a ajuda dos “olhos grandes” (lupas).
Em seguida, comparam suas texturas, bolinhas de ar e tudo mais que as fazia flutuar. “E flutuar para quê?”. Na busca pela luz, adentraram na lenda da Vitória Régia e viram que aquáticas também podem ter flor. Sem se afogar como Naiá, a personagem da lenda, exploraram toda a riqueza por trás da beleza desta linda flor e de outras mais; fazendo soltar pólen como insetos em um das maiores flores do mundo.
E o que veio depois? Dando frutos à imaginação, os fizeram se materializar, com uma bela fruta à se formar. E do fruto veio a semente, crescendo até virar uma plantinha. E que semente essa de abacate! “E para que o bebê planta cresça? O que precisa?”. Já foram investigar, pelos caminhos das folhas em um rio e com o caranguejo a animar!         
  Aproximar as crianças da flora ribeirinha, percebendo a sua rica interação com as demais formas de vida e seu meio, tem o intuito de despertar para a valorização da vida para além do ser humano-


  Viva o verde que nos faz vivos!

Por Tagore

Consumo consciente na cabeça!!!


Fomos convidados a participar de uma incrível iniciativa do Colégio Santo Inácio: Um fórum de sustentabilidade para os alunos do 2o ano do Fundamental. Neste fórum, vários  palestrantes apresentaram temas referentes à proposta de uma cultura de sustentabilidade e responderam às perguntas formuladas pelas turmas, em diferentes encontros. Coleta seletiva, produção de lixo, poluição do ar, a saúde dos oceanos, a reciclagem foram temas debatidos e apresentados por lideranças e pesquisadores das referidas áreas.  Nosso tema foi o consumo consciente, e as perguntas propostas tão sérias e profundas , como só as crianças podem fazer, rezavam sobre diversos aspectos da cultura de consumo:
- Porque consumimos sem precisar?
-Os homens das cavernas produziam lixo?
- Seus filhos são consumidores conscientes?
- É possível viver sem consumir?
A escola dá seguimento a um projeto de sustentabilidade que pretende despertar nas crianças a consciência ecológica e mobilizar as famílias sobre as questões ambientais. E fazem isso valorizando o assunto como se deve:  em um auditório devidamente preparado com toda pompa e circunstância, mais de 230 alunos durante quase 2 horas vivenciaram com todo o entusiasmo,educação e respeito, a condução da apresentação, perguntas, respostas, sendo eles mesmos mestres de cerimônia, organizadores, anfitriões, expectadores e entrevistadores. Um show de envolvimento, alegria e paixão. Se nosso futuro depende das novas gerações, por esta amostra, fico tranquilo quanto ao nosso destino!
Parabéns a toda equipe do Santo Inácio, e obrigado pela oportunidade de presenciar e participar desta iniciativa ecologicamente oportuna e mobilizadora!

Vídeo apresentado no encontro que reflete sobre o impacto ambiental da cultura humana:

É o Bicho

O 1º ano do CEC, dentro do projeto "É o bicho!", vem descobrindo as diversas coberturas corporais dos animais e suas funções. Nesta aula dia 27 de agosto de 2015, os alunos descobriram através de inúmeras atividades que há animais cobertos por penas e que vivem tanto na água quanto em terra, e que esses animais possuem adaptações fisiológicas e anatômicas para esse tipo de vida.
Após uma história contada pelo professor, as crianças puderam experimentar como uma superfície gordurosa repele a água, além de testar formatos diferentes de patas e sua eficiência para natação, depois das atividades os alunos puderam observar o animal, suas adaptações ao ambiente aquático e a eficiência de sua cobertura corporal repelir a água. É natural que uma criança associe as aves e suas penas apenas ao voo e com essas atividades podemos ampliar a percepção da diversidade de possibilidades e adaptações dos animais, além da observação de suas estruturas anatômicas que são inspiração para criação e desenvolvimento de diversas ferramentas utilizadas em nosso cotidiano. É a Natureza sempre ensinando!



Crianças testando o efeito da água em uma superfície “desprotegida”





Por Allan Farah









quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Sol da meia noite

As turmas de 5º ano do Colégio Mopi unidade Itanhangá,  trabalharam junto com os pais para comemorar o seu dia, em uma aula para descobrir os movimentos da Terra, e como esses movimentos vão influenciar o nosso planeta. Depois das diversas atividades propostas, o objetivo da aula era que os alunos compreendessem como os movimentos de rotação, translação e o plano inclinado do planeta influenciam nas mudanças de estações, no dia e noite e porque foi importante a criação dos fusos horários.
A partir de um vídeo que abordava o fenômeno do “Sol da meia noite”,  onde era explicado como os pólos permaneciam 6 meses em total escuridão e 6 meses em total claridade, foi esclarecido como o plano inclinado é responsável por esse fenômeno. Utilizando mini globos terrestres em uma posição inclinada com o auxílio de uma lanterna, os alunos puderam investigar a incidência luminosa em cada ponto do planeta.
Logo após esses conceitos estarem totalmente esclarecidos, os alunos com seus pais, utilizaram uma placa branca com uma luminária incidindo diretamente, para representar a luminosidade que chega ao planeta. Deixando a luz posicionada para a placa por algum tempo, eles mediram a temperatura dessa placa com o auxílio de um termômetro a laser, e a incidência de luz com o apoio de uma placa fotovoltáica acoplada a um multímetro. Em um segundo momento dessa mesma atividade, eles mantiveram a luminária na mesma posição e colocaram a placa deitada, representando o plano inclinado, e fizeram os mesmos procedimentos anteriores. Assim puderam comparar a mudança de temperatura e incidência solar, dependendo da posição da Terra, concluindo que isso levava às nossas estações do ano, e também as necessidades da criação dos fusos horários.

Com essas atividades, espera – se que os alunos consigam compreender como os movimentos da Terra e os fusos horários interferem na nossa vida, permitindo uma maior compreensão das múltiplas relações entre os diferentes e distantes lugares do mundo, e a noção de espaço/tempo.

Por Renata Nunes

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Há vida sob nossos pés!

O 3º ano do Ensino Fundamental I da Escola Eliezer Max vem desenvolvendo atividades sobre o solo, tema estudado durante todo o 2º trimestre. Dentre os assuntos abordados, destaca-se a aula sobre animais do solo. O objetivo principal foi avaliar e destacar as diferenças entre os diversos animais encontrados no solo. Além disso, os alunos aprenderam a importância desses animais para a manutenção da fertilidade e biodiversidade desse ambiente.

Atividade de desenho esquemático da fauna intersticial
Ao entrar no laboratório, os alunos foram surpreendidos com amostras de terra dispostas em suas mesas. Aguçados pela curiosidade, eles foram instruídos a procurar alguns “tesouros” escondidos nas amostras. Antes de deixá-los manusearem livremente, alguns cuidados foram passados. Cada grupo de alunos teve um determinado tempo para observar, manusear e descrever os animais encontrados. Passado o tempo, os grupos deveriam trocar suas amostras para que pudessem analisar todos os conteúdos. Para facilitar a visualização de alguns animais foram distribuídas lupas, juntamente com folhas de papel e lápis para anotação. Após o relato individual de cada aluno, foi apresentado um pôster com desenhos esquemáticos e os nomes dos grupos aos quais cada animal pertencia.


É muito comum os alunos descreverem animais de corpo alongado como pertencentes ao grupo das minhocas, mas poucos conhecem a variedade de filos e espécies que pode ser encontrada no sedimento. Os alunos puderam observar a anatomia, a presença ou ausência de patas e antenas, a quantidade de pernas e o comportamento de cada um dos quatro animais apresentados, dentre eles: anelídeos, quilópodes, diplópodes e isópodes.

Além da aquisição de conhecimento científico, a prática proporciona uma maior proximidade com alguns animais que, por vezes, são considerados nojentos ou renegados pela maioria das pessoas. Através do contato, os alunos desenvolvem um sentimento de proteção e passam a valorizar mais a fauna e o meio em que vivem.

                                 

Por Tabatta da Silva

Entre a Terra e o Mar!

O Maternal I da Escola Mopi está vivenciando e conhecendo os diversos tipos de ambientes. Ao longo das aulas, os alunos passaram por algumas atividades usando os sentidos do corpo humano para uma melhor percepção e descobrimento, visando ampliar seus conhecimentos sobre o ambiente da praia e os animais em que nela habitam.

A partir de uma história, os alunos assimilaram a diversidade e a relevância dos animais que compõem este ambiente. A ideia era fazer com que as crianças encontrassem os seres vivos escondidos na terra e na água, compreendendo assim suas funções e características.
 Através dos sentidos, os alunos encontraram os animais que vivem na terra, puderam sentir sua textura, seu cheiro e, por fim, concluir o que estes seres vivos tinham de diferente para sobreviver neste ambiente.
Em seguida, as crianças puderam conhecer e perceber a diferença entre os animais que vivem na areia e aqueles que habitam o ambiente aquático. Ao observar a estrutura corporal e formato dos seres vivos que vivem na água, os alunos descobriram que as características que os tornam rápidos e aptos ao seu ambiente, podem tornar-se uma grande desvantagem, caso necessitem circular pelo ambiente terrestre.

Por meio destas atividades, as crianças compreenderam a importância do meio ambiente, além dos cuidados necessários para conservá-lo e manter a salvo as diversas espécies que nele habitam. Afinal, cada elemento é único para o ecossistema e ao formar cidadãos conscientes e responsáveis, asseguramos também o futuro do planeta.
Texto: Elton Nascimento de Ataíde.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Um chão para chamar de seu!


Eu fui à Floresta porque queria viver livre. Eu queria viver profundamente, e sugar a própria essência da vida... expurgar tudo o que não fosse vida; e não, ao morrer, descobrir que não havia vivido. 
                                                                      Henry David Thoreau

       Crianças observando o local onde a aranha escolheu para fazer sua casa e caçar, criando uma estratégia bem diferente.


No dia 20 de agosto o maternal 2 do Mopi Tijuca participou de uma aula sobre um ambiente tão lindo e necessário para o homem. Essa aula tinha por objetivo fazer com que os alunos valorizassem esse ambiente tão importante para os seres vivos, assim como seus moradores. Estimulando o interesse das crianças através de diferentes experiências que aguçaram seus sentidos, os levamos a perceber as características desse local. A magia da curiosidade, fez com que o encantamento por uma característica das matas fosse bem percebida: a serrapilhera ou folhiço.  Este local de extrema importância, para a manutenção da umidade do solo, banco de semente, berçário e proteção dos animais , e até o reflorestamento das matas foi discutido e suas características  salientadas por um visitante mais que especial -  Dona aranha caranguejeira! Seu papel  ecológico no controle dos animais é fundamental para o equilíbrio do  ambiente. O entendimento a cerca da importância desse ecossistema e o valor de um animal tão"cabeludo" , assim como os  moradores/mantenedores deste ambiente puderam ser observado no discurso das crianças.




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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Formação Continuada



Cosmos: Uma Odisséia do Espaço-Tempo é uma série americana de documentário científico. É uma continuação da série de 1980, Cosmos, que foi apresentada por Carl Sagan. O apresentador da nova série é o físico Neil deGrasse Tyson. A série trata com uma linguagem acessível e diversificada, usando animação e efeitos especiais, os conceitos científicos ligados à diferentes  área do conhecimento, como a  Astrofísica, a Astronomia, a Biologia, a Geologia entre outras. Conciliando a apresentação das teorias e fatos científicos com a história da ciência, o programa ganha um cunho humano e dramático, atingindo não só os aficcionados pelo tema, como o público em geral. 
A produção esmerada tem nos servido como inspiração para discutir aspectos da elaboração do programa que se relacionam com o fazer pedagógico. A equipe Ecobé se reuniu para analisar a metodologia de divulgação científica e a didática por traz das imagens e escolhas que a equipe técnica adotou, tecendo paralelos com o  nosso dia-a-dia em sala de aula. Um banho de eficiência!
 Vale a pena conferir!