O método envolveu a criação de um espaço estimulante com um viés de suspense onde os sentidos eram explorados de forma cautelosa e misteriosa, exceto a visão. Os alunos adentravam na sala previamente preparada onde eram guiados, descalços e vendados, recomendados a usarem tato, audição e olfato. Chão com areia e folhas secas, teias penduradas, música aguda, fumaça, sapos, ratos e aranhas de brinquedo e esqueletos eram algumas coisas que denotavam o clima do local. Em seguida os alunos puderam retirar as vendas para análise visual e discussão, fazendo explicações e analogia à algumas reações biológicas como a produção de suor, calafrios e "frio na barriga"; mecanismos de luta ou fuga e a busca e recompensa por novidades, prazer e adrenalina, como espirito aventureiro.
O medo e a repulsa estão presentes em nossa sociedade, muitas vezes de forma inata, como experimentado nessa oportunidade, através de interação dos sistemas simpático e parassimpático do sistema nervoso autônomo, com alteração hormonal, pelos arrepiados, suor, taquicardia e aumento da frequência respiratória. Contudo, pudemos concluir que situações, texturas e determinadas experiências sensoriais desconhecidas ou estranhas colaboram com uma impressão negativa, podendo ser compreendida ou associada pela sua familiarização e contato direto o que pode nos ajudar, por exemplo a perder o medo de aranhas, ao entender seu papel ecológico, sua forma de interação com o meio, que mecanismos ela usa para se alimentar, etc.
Por Tabatta da Silva