segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A herança do medo

         Na Escola Eliezer Max, o 5º ano vem desenvolvendo atividades sobre o corpo humano, tema estudado durante todo o segundo semestre. Um dos assuntos relacionados foi o "estado de alerta", cujo objetivo principal foi avaliar as respostas individuais aos estímulos provocados por situações de suspense e medo. Além disso, os alunos aprenderam sobre a estrutura anatômica dos neurônios, fisiologia e a importância do sentimento de medo e sua relação com a seleção natural e evolução das espécies.
         O método envolveu a criação de um espaço estimulante com um viés de suspense onde os sentidos eram explorados de forma cautelosa e misteriosa, exceto a visão. Os alunos adentravam na sala previamente preparada onde eram guiados, descalços e vendados, recomendados a usarem tato, audição e olfato. Chão com areia e folhas secas, teias penduradas, música aguda, fumaça, sapos, ratos e aranhas de brinquedo e esqueletos eram algumas coisas que denotavam o clima do local. Em seguida os alunos puderam retirar as vendas para análise visual e discussão, fazendo explicações e analogia à algumas reações biológicas como a produção de suor, calafrios e "frio na barriga"; mecanismos de luta ou fuga e a busca e recompensa por novidades, prazer e adrenalina, como espirito aventureiro.
       O medo e a repulsa estão presentes em nossa sociedade, muitas vezes de forma inata, como experimentado nessa oportunidade, através de interação dos sistemas simpático e parassimpático do sistema nervoso autônomo, com alteração hormonal, pelos arrepiados, suor, taquicardia e aumento da frequência respiratória. Contudo, pudemos concluir que situações, texturas e determinadas experiências sensoriais desconhecidas ou estranhas colaboram com uma impressão negativa, podendo ser compreendida ou associada pela sua familiarização e contato direto o que pode nos ajudar, por exemplo a perder o medo de aranhas, ao entender seu papel ecológico, sua forma de interação com o meio, que mecanismos ela usa para se alimentar, etc.


Por Tabatta da Silva


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Formação continuada 2

Atualização em Microscopia 

Fonte: Wickpédia
A equipe Ecobé esteve reunida em dois dias de capacitação sobre técnicas em microscopia, com o biólogo inglês Roland Mortimer, especialista em Diatomáceas, que são microalgas,  organismos unicelulares que possuem como característica uma carapaça ou parede silicosa chamada frústula, localizada externamente à membrana plasmática, por isso são ficam conservadas numa escala geológica, servindo como registro fóssil. Ocorrem na água doce e nos mares, podendo ser planctônicas ou bentônicas e são sobretudo de uma aparência formidável, constituindo verdadeiros tesouros microscópicos.

Foram apresentadas as técnicas de fluorescência, de contraste de fase, de campo escuro, com recursos simples, todos desenvolvidos pelo pesquisador. O objetivo do encontro era de atualização, ao mesmo tempo em que disponibilizava ao professor recursos mais impactantes visualmente para compartilhar com nossos alunos a vastidão da biosfera em que vivemos , da qual somos igualmente filhos.

microscopia de fluorescência
Constraste de fase

 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

A terra sob nossos pés!


                O grupo 5 da Escola Parque, unidade Gávea, está trabalhando o tema Lixo, buscando entender como ele pode afetar os ecossistemas e a vida na Terra e conhecendo maneiras de diminuir sua produção, como por exemplo, reaproveitando materiais que antes seriam descartados. Na aula desta semana, os alunos puderam constatar que o solo tem capacidade de absorver grande quantidade de água e de retê-la, alimentando o lençol freático. No entanto, o chorume proveniente do lixo que é despejado em aterros sanitários, também acaba sendo absorvido, contaminando o lençol freático com microrganimos e metais pesados. E é este lençol freático contaminado que abastece, juntamente com as chuvas, os rios e lagos, que por sua vez, abastecem nossas residências.

                A aula teve início com a discussão de um evento que tinha acontecido na véspera: forte precipitação no estado de granizo em alguns locais da cidade. A partir daí, falou-se sobre o cheiro de terra molhada que procede até mesmo a precipitação: Por que sentimos o cheiro de terra molhada antes mesmo da chuva cair?  Através de práticas os alunos puderam testar a absorção de água  em diferentes tipos de solo (areia, terra preta e terra vermelha- barro) e constataram que a terra preta e o barro, em função da menor granulometria (tamanho dos grãos) que apresentam tem maior capacidade de retenção de água. Em seguida, também através de experimentos, os alunos puderam compreender como se dá a formação de um rio e também que embaixo da terra existe o lençol freático que abastece este rio.

                Em seguida, os alunos conheceram o “chorume do bem”, vindo da composteira da escola, sentiram seu cheiro, comparando-o com o cheiro do chorume proveniente do lixo, recordando para isso, do cheiro ruim que sentem quando o caminhão de lixo passa na rua. Os alunos preparam o biofertilizante para a horta através da diluição do chorume da composteira e vão entregar para outro grupo da escola que é responsável pela composteira da escola, transformando lixo orgânico em adubo.

                Com essa aula, esperamos ter contribuído para uma possível melhora da qualidade de vida no planeta, estimulando a percepção dos alunos em relação aos efeitos das atitudes humanas, visado à diminuição da produção do lixo no ambiente.   




 Por Carol Clemente,